Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre

Pesquisa Fecomércio-AC e Data Control revela cenário do mercado de trabalho para pessoas jurídicas em Rio Branco

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Um estudo recente conduzido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio-AC), em parceria com o Instituto DataControl, traça um panorama do mercado de trabalho voltado para pessoas jurídicas em Rio Branco. Realizada no dia 17de junho de 2025, a pesquisa contou com a participação de 101 empresários e dirigentes de empresas comerciais de Rio Branco, sob a ótica da pessoa jurídica.

De acordo com a nova edição da pesquisa mensal encomendada pela Fecomércio-AC, a maioria dos entrevistados (73,2%) acredita que a atual instabilidade da economia brasileira representa uma ameaça significativa ao consumo no mercado local. Além da alta da inflação e dos juros, o crescimento da informalidade também preocupa: para 72,3% dos respondentes, esse movimento tem avançado nos últimos meses.

A pesquisa ouviu empresários de diversos segmentos do comércio: 30,3% do setor de vestuário, 15,2% de calçados e bolsas, 11,1% de cosméticos, 9,1% de acessórios, 6,1% de eletrônicos, 6,1% de variedades, 5,1% de móveis e eletrodomésticos, 4,0% de óticas, 4,0% de farmácias e 9,0% de outros ramos.

Contratação com foco em ensino médio e perfil proativo

A exigência quanto ao perfil dos candidatos ainda se mostra variável entre os empresários. A maioria (75,2%) afirma não ter preferência por gênero no momento da contratação, mas 24,8% indicam que essa escolha depende da função a ser desempenhada.

Em relação à escolaridade, 57,4% preferem candidatos com ensino médio completo. Por outro lado, 31,7% consideram a escolaridade irrelevante, enquanto 7,9% apontam preferência por ensino fundamental e 3,0% pelo nível superior.

A faixa etária também divide opiniões: para 50,5% não há restrições, mas os demais 49,5% admitem preferências.

Demissões espontâneas e expectativa de recuperação lenta

O levantamento aponta que a maior parte das demissões no comércio local ocorre por iniciativa do próprio trabalhador (72,3%). Outros 19,8% mencionam demissões sem justa causa e 7,9%, com justa causa.

Para 44,6% dos entrevistados, o equilíbrio entre oferta e demanda de empregos só deve ser alcançado nos próximos cinco anos. Outros 22,7% estimam esse cenário entre dois e quatro anos. Já 21,8% não têm previsão.

Entre as qualidades mais valorizadas para quem busca uma vaga, estão: proatividade (66,0%), atualização da qualificação profissional (19,8%), busca por oportunidades (8,5%) e investimento no potencial profissional (3,8%).

Planejamento formal ainda é regra no comércio

Mesmo diante de um cenário desafiador, a maioria dos empresários permanece otimista ou cautelosa: 35,6% acreditam na estabilidade do mercado de trabalho, 34,7% esperam crescimento e 28,7% preveem redução. Apenas 1,0% não soube opinar.

Outro dado relevante mostra que 89,1% das empresas atuam com base em planejamento formal de vendas para o segundo semestre de 2025, enquanto 10,9% ainda operam de forma intuitiva.

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