Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre

Pesquisa Fecomércio/AC e Data Control avalia desempenho do mercado de trabalho rio-branquense

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Ao menos 42% das empresas do comércio de Rio Branco demitiram aproximadamente 10 empregados no último ano. As informações foram de pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio/AC), por meio do Instituto Fecomércio de Pesquisas Empresariais do Acre (Ifepac), e da Data Control Instituto de Pesquisas de Rio Branco.

O levantamento foi realizado junto a 100 empresas dos dias 16 a 18 de dezembro, e o objetivo principal era avaliar o desempenho do mercado de trabalho na capital acreana. Ainda segundo o estudo, das empresas colaboradoras desta avaliação, outras 63% admitiram contratação de, pelo menos, mais 10 empregados nos últimos 12 meses; 1% das empresas sinalizaram contratação de mais de 11 empregados no mesmo período.

Quanto ao regime empregatício, 43,8% dos funcionários das empresárias pesquisadas são temporários, enquanto 34,4%, efetivos. Além disso, houve o registro de 21,9%, que afirmaram que trabalham com empresas em regime de trabalho intermitente.

De acordo com a pesquisa, 35% das empresas rio-branquenses fizeram adesão ao programa de redução de jornada de trabalho; 24% das empresas fizeram redução de 24% no quadro; 7%, de 50%; e 4%, redução de 75%.

100% das empresas contempladas com o programa de redução de salários buscaram complementação de 25% (65,4% das empresas com adesão), 50% (23,1% das empresas com adesão) e 75% (11,5% das empresas com adesão). Com relação ao programa de redução de salários, 15% fizeram opção, 12% (redução de 25% e 3% (50%).

Para 58,6% das empresas, as adesões tanto para redução de jornada quanto à de trabalho tiveram impacto positivo na contabilidade.  Entretanto, para outras 17,2%, o impacto foi negativo e 24,1% se mostram indiferentes.

De acordo com o consultor da presidência da Fecomércio/AC, Egídio Garó, as empresas, de modo geral, mantêm a média de trabalhadores do início do ano, tendo contratado ao longo do período para preenchimentos das vagas.

“As contratações efetuadas levam em consideração o trabalho temporário e o trabalho efetivo, os quais mantém-se no mesmo nível, indicando estabilidade e manutenção do emprego ao longo do período de pandemia. Fator relevante foi a contratação de um número maior para trabalho intermitente, apontando um indicador de 19,2% no nível de contratação dessa modalidade em comparação com os meses anteriores, os quais se mantiveram estáveis sem linha de tendência”, reforçou Egídio.

Além disso, ainda segundo o consultor, por conta das políticas públicas para manutenção do emprego, o número de empresas que reduziram a jornada de trabalho vem aumentando ao longo dos períodos pesquisados, chegando ao indicador de 71% no mês de dezembro, superior aos 53% e 59% observados nos meses de maio e agosto. “Desse montante, no mês de dezembro foram observadas redução de 25% da jornada para 14% das empresas entrevistadas e, de 12% as que negociaram uma redução de 50% da jornada. Outro indicador aponta que empresas ainda buscaram a redução de 75% da jornada”.

Egídio explica ainda que, mesmo com a adesão à redução da jornada, os três períodos pesquisados indicam que mais de 85% de todas as empresas não reduziram o salário de seus, enquanto os indicadores das empresas que reduziram em 25% cresceram nos meses de agosto e dezembro, se comparados a maio. “O mesmo não se pode observar com aquelas empresas que reduziram o salário em 50%, o maior número delas o fez somente no mês de agosto, retraindo para 1% no mês de dezembro”.

Com relação à complementação do salário, os indicadores apontam que há estabilidade no número de empresas que o fizeram, mantendo-se abaixo do observado em maio. “Contudo, pode se observar que em dezembro, 23% das empresas pesquisadas complementaram 50% da renda do trabalhador e 12% no mês de dezembro”.

Para a maioria das empresas que aderiram aos programas de redução de jornada e salário, o impacto financeiro na contabilidade das empresas contribuiu para que houvesse a manutenção dos empregos, da renda e da continuidade dos negócios.

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