O Sistema Fecomércio-Sesc-Senac/AC, preocupado em levar mais esclarecimentos ao empresariado, traz nesta terça-feira, 14, mais um artigo do mestrando em Administração de Negócios em Neuromarteting pela Florida Christian University Riccardo Sales, que, comumente, é um dos apoiadores da Fecomércio em Revista. Desta vez, a ideia é falar sobre as novas oportunidades geradas pelas dificuldades causadas pela pandemia do novo coronavírus. Segundo Sales, os negócios, além de buscarem novas formas de comercializar mediante situação de caos, devem, de uma forma ágil, fazer a leitura do comportamento do consumidor. Para o mestrando, o objetivo seria tentar prever os próximos passos depois que a crise for dissipada. “Ampliando a visão do problema, podemos colocar a situação econômica do momento em dois grandes vetores, o externo e o interno. No vetor externo, têm-se a redução do crescimento do PIB mundial [Produto Interno Bruto], queda nas exportações do Brasil e do Estado do Acre, piora das condições financeiras (condições de pagamento), e dos termos de troca (pressão negativa sobre os preços das commodities e subida do dólar encarecendo custo dos insumos). No vetor interno, têm-se a propagação do coronavírus no país, medidas de prevenção de contágio da doença (distanciamento social), parada súbita das atividades comerciais”, afirmou Riccardo. Sales citou, ao longo do artigo, a empresa Bain & Company, especializada internacionalmente em consultoria de negócios, que elencou a relação da demanda do consumir com as ativdades produtivas em quatro situações. “Que são as seguintes: a demanda explodiu na crise e deve se manter em alta no longo prazo: setores de ensino a distância, entretenimento online, ferramentas para trabalho remoto, nutrição e saúde; telemedicina, plano de saúde e seguro de vida; a demanda explodiu na crise, mas deve se estabilizar no longo prazo: setores de alimentação, internet banda larga e telefonia, produtos de limpeza, produtos que ajudam a prevenir epidemia (álcool, gel, máscaras); a demanda tem forte queda na crise, mas pode ter ‘pico’ em seguida: setores de eletrodomésticos, produto de beleza, roupas, sapatos e acessórios, serviços de beleza; a demanda tem forte queda na crise, com recuperação lenta: setores de academias de ginástica, cinema e teatro, eventos, hotéis, restaurantes, viagem e turismo”, explicou. O mestrando reiterou ainda que, para entender esta realidade, seria interessante saber em qual destas situações o negócio se encontra. “Visando elaborar ações durante a crise e a fase pós-crise. É válido mencionar que a recuperação das vendas poderá não ser como a esperada, mas ocorrerá. As pessoas podem levar um bom tempo até saírem completamente de suas residências, com receios de aglomerações, ou seja, as compras em lojas físicas podem demorar a se igualar ao período anterior a propagação do vírus”, disse. Desta forma, ainda de acordo com Sales, o mais lógico para analisar o mercado consumidor seria acompanhar a evolução de seu próprio comportamento. “Isso pode ser feito, dialogando com vendedores, fornecedores, concorrentes, associações comerciais, além da própria clientela. Entenda o quê, como, quando, de que forma estão comprando, e facilite o acesso a seus clientes. Mesmo diante de tantas dificuldades, é possível se antecipar aos eventos e diminuir prejuízos”, finalizou. Este e outros artigos serão inteiramente publicados após a volta da Fecomércio em Revista, que teve produção suspensa momentaneamente por conta da pandemia.
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Oportunidade pela crise: Sistema Fecomércio/AC traz análise de novas abordagens quanto ao momento de pandemia
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Por Sircosum-MA
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