Diante a crise no mercado de consumo de bens e serviços do Acre, decorrente das recentes cheias dos rios locais e, especialmente, do Rio Madeira (RO), a Fecomércio/AC, atraves do Instituto de Pesquisas do Acre (Ifepac), realizou pesquisa entre os dias 08 a 16 do mês de abril, para fazer uma análise da situação sobre o mercado de consumo do Acre com a cheia do Rio Madeira. A pesquisa aponta importantes indicadores socioeconômicos, capazes de subsidiar estudos e planos de investimentos da iniciativa privada ou mesmo, sob a competência das autoridades locais.
O estudo aponta que 85% da população sofreram em decorrência das últimas cheias dos rios da região, notadamente, do Rio Madeira (RO), que claramente contribuiu para influenciar o preço dos bens de consumo local, tendo em vista a interrupção temporária do tráfego de veículos na BR-364 – única via de acesso rodoviário ligando o Acre ao resto do país.
No período mais crítico – os meses de fevereiro e março deste ano, 87% da população dão conta da falta de muitos bens de consumo nas prateleiras dos supermercados, dentre estes, 31% apontam a frequente falta de leite longa vida, e os hortifrutigranjeiros (frutas e verduras), por outros 28%. Os dados levantados pela pesquisa destacam, ainda, 15% que observaram a falta de ovos de granja e 9%, a falta de combustíveis nos postos de revenda.
Na opinião de 81% da população, nos meses de fevereiro e março, percebeu-se um excessivo aumento de preços, especialmente, quando do transbordamento das águas do Rio Madeira (RO) sobre a BR-364. Dentre os bens de consumo com maior aumento de preços. A pesquisa destaca os ovos de granja e produtos hortifrutigranjeiros (frutas e verduras).
Sobre o esforço dos órgãos governamentais, 52% da população, destacam como imprescindível, no sentido de assegurar o abastecimento local dos bens de primeira necessidade no período de inundação de trechos da BR-364. 55% dessa população acredita em melhora para o mercado de consumo nos próximos meses. Agora, os danos causados ao Acre com a cheia do Rio Madeira, vai exigir mais tempo, segundo 37% da população.
Com relação a política de investimentos no Estado, 79% da população demonstra dúvidas de alavancagem operacional, enquanto permanecer a dependência da normalidade e qualidade do tráfego na BR-364.
Considerando que o comércio sempre é alavancado em datas comemorativas, mesmo assim, os efeitos negativos das cheias dos rios acrianos e, especialmente, do Rio Madeira (RO), fez com que apenas 31% da população viessem a se manifestar, positivamente, quanto a expectativa de melhoria operacional do mercado de consumo nessas próximas datas, a exemplo do Dia das Mães, Dia dos Namorados, Festas Juninas e até da Copa do Mundo de Futebol.
Outro aspecto de destaque nos dados pesquisados é a Influência da mídia para um mercado quando ameaçado de desabastecimento de bens essenciais de consumo. Considerando que o formato das notícias veiculadas induz grande parcela da população a gastos excessivos, com a armazenagem doméstica de estoques de produtos, em muitas vezes, desnecessários.
Fonte: Divulgação.