A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre – Fecomércio/AC – vem, desde o início do transbordamento do Rio Madeira, em Rondônia, acompanhando a situação do estado do Acre, especificamente no que tange ao abastecimento dos gêneros de primeira necessidade, medicamentos e combustíveis.
As primeiras providências foram tomadas logo no início do período das águas pelos próprios empresários do comércio, haja vista o grau de inteligência de negócios obtida ao longo dos anos, a qual permitiu o provisionamento de um estoque maior do que aquele observado ao longo dos demais meses do ano. Provisionamento, esse, planejado por conta da impossibilidade da chegada, via terrestre, de produtos de consumo nos períodos de chuva.
Ao mesmo tempo, o governo do estado também considerou uma provável situação emergencial e zelou para que não houvesse o desabastecimento. Decisão relevante e posta em prática logo aos primeiros sinais de dificuldades em transpor a área alagada da BR 364.
Além de o abastecimento estar ocorrendo com restrições por conta da segurança na estrada, o transporte de produtos perecíveis pela Força Aérea Brasileira tem garantido os suprimentos e os estoques nas redes distribuidoras do varejo.
A importação de itens de primeira necessidade pelo Peru passa a ser praticada, garantindo ainda mais o abastecimento, em detrimento da falta desses itens.
Os combustíveis dão sinal de falta em alguns postos, mas não significa que há uma falta iminente do produto, até porque a Petrobrás destinou, via Cruzeiro do Sul, algo em torno de 10 milhões de litros de combustível para o abastecimento da frota do estado. Pode-se considerar que nessa conta esteja provisionado o combustível de aviação, cujo estoque informado pela INFRAERO na última semana, estava previsto para dez dias.
Em função do estado de emergência apresentado pelo Estado do Acre, a Fecomércio se mantém atenta ao problema, ao mesmo tempo esclarecendo à população que, mesmo no isolamento com o resto do país, não haverá desabastecimento dos itens de primeira necessidade nas prateleiras dos supermercados, nem tampouco medicamentos e combustíveis.
Foto: Agência de Notícias do Acre