
O segundo semestre do ano representa um período estratégico para o comércio, impulsionado pelas tradicionais datas comemorativas que elevam o consumo, como o Dia dos Pais, Dia das Crianças, Black Friday, Natal e Réveillon. Nesse cenário, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio-AC) realizou, em julho de 2025, uma pesquisa com empresários do setor, a fim de compreender as perspectivas de vendas no comércio de Rio Branco para o restante do ano.
O estudo revela que 83,7% dos empresários acreditam em um semestre positivo para os negócios. Outros 7,7% apontam para um cenário de estabilidade, 4,8% não souberam responder e 3,8% consideram que o período pode ser desfavorável em termos operacionais.
Dentre os segmentos pesquisados, o setor de vestuário lidera, representando 38,8% da amostra, seguido pelos ramos de acessórios (21,4%), cosméticos (11,7%), móveis e eletrodomésticos (5,8%), e outros segmentos diversos, como relojoaria, ótica e calçados (22,3%).
Ao analisarem o desempenho do primeiro semestre de 2025, os empresários destacaram como principais fatores positivos: promoções (31,7%), novidades no mix de produtos (21,2%), preços competitivos (16,3%), descontos (12,5%) e atendimento ao cliente (12,5%). A avaliação geral foi dividida: 41,3% consideraram o semestre melhor que o anterior, outros 41,3% classificaram como regular, 12,5% o viram como ruim, e 4,8% afirmaram ter sido igual ao período anterior.
Quanto às expectativas específicas para o segundo semestre, 76,0% dos entrevistados se mostraram confiantes, enquanto 17,3% demonstraram cautela e 6,7% apresentaram baixa expectativa. As principais estratégias para impulsionar as vendas incluem: investimento em propaganda (30,1%), aumento de estoque (22,8%), promoções (17,6%) e redução de preços (13,2%).
No entanto, o ambiente de negócios ainda enfrenta desafios. Para 42,1% dos empresários, a principal ameaça é a falta de dinheiro circulando na praça. Já 24,0% apontam a carga tributária elevada como entrave, e 15,7% mencionam o endividamento da população. Outros fatores destacados incluem a concorrência do comércio eletrônico, a abertura de novos estabelecimentos e o avanço da informalidade.
Quando questionados sobre o impacto da concorrência de grandes redes sobre o pequeno varejo, 31,7% dos entrevistados afirmaram que essa influência é pouco significativa. Por outro lado, 21,2% a consideram uma ameaça, enquanto 28,8% não demonstram preocupação e 18,3% veem esse tipo de concorrência como um fator altamente preocupante.
As redes sociais seguem como principal ferramenta de divulgação para o comércio local: 92,3% dos empresários afirmaram utilizá-las para promover seus produtos. As plataformas mais utilizadas são o Instagram (49,5%), seguido por WhatsApp (26,6%), Facebook (17,9%) e outras redes (1,7%). Apenas 4,3% disseram não utilizar redes sociais para fins comerciais.
Por fim, a pesquisa abordou a percepção dos empresários sobre as novas tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos nas transações de mercado externo. A grande maioria (87,4%) manifestou preocupação, 10,7% se mostraram indiferentes, e 1,9% preferiu não opinar.
Confira abaixo a pesquisa completa: