“Para 2022, projetamos uma alta em todos os setores, incluindo o Turismo, quando destacamos os índices atuais e completamente favoráveis em relação à Covid-19”. As considerações foram do coordenador de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio/AC), João Bosco Nunes, ao comentar a estimativa divulgada na última semana pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) quanto às contratações do segmento para 2022.
De acordo com o estudo da CNC, a expectativa é de contratação de 478,1 mil trabalhadores formais em todo o País entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022, de modo que 81,7 mil seriam voltados especificamente para atender à demanda da alta temporada, com vagas temporárias. Isto se deve, principalmente, à flexibilização das medidas de isolamento social resultante do avanço da vacinação contra a Covid-19.
Nunes afirmou que o Acre não foge à realidade brasileira. “Passamos por uma significativa recuperação já em 2021. Além disto, os bons ventos nos brindam com a alta procura por nossa Amazônia acreana, com suas exóticas experiências mescladas às diversas personagens e suas variadas comunidades locais’, disse.
Ainda segundo o coordenador, agora, mais do que nunca, há a necessidade de aprimoramento rápido para o recebimento dos turistas. “Deixando pronto os nossos produtos e serviços turísticos e sensibilizar toda a cadeia produtiva e a sociedade em geral, que de fato, aqui tem turismo”, reforçou.
Bons dados
De acordo com o Índice de Atividades Turísticas, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de receitas do setor avançou 49,1% desde o fim da segunda onda da pandemia no Brasil. E, embora ainda esteja 20,7% abaixo do nível registrado antes do início da crise sanitária, é o melhor resultado desde fevereiro de 2020.
Com a permanência desse cenário, a CNC projetou que as atividades turísticas faturem R$ 171,9 bilhões ao longo da próxima alta temporada. Isso contribuiria para levar o nível de volume de receitas ao patamar registrado imediatamente antes do início da pandemia já a partir de maio de 2022.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, observou que um sinal de reativação parcial das atividades é o comportamento de preços setoriais. “Embora, durante a primeira onda da pandemia de covid-19, os serviços turísticos tenham ficado mais baratos, apresentando reduções de 6,3% nas diárias de hotéis e pousadas e de 28,5% nas passagens aéreas, por exemplo, nos últimos meses, a retomada da demanda e, principalmente, a evolução de tarifas, como a energia elétrica, vêm pressionando praticamente todos os preços da economia”, avaliou.
Profissões com maior demanda
Do ponto de vista das ocupações, os principais profissionais demandados pelo setor ao longo da próxima alta temporada deverão ser: recepcionistas (14,49 mil vagas); cozinheiros e auxiliares (8,09 mil); camareiros (7,30 mil); garçons e auxiliares (4,76 mil); e auxiliares de lavanderia (7,76 mil). Regionalmente, São Paulo (23,49 mil vagas), Rio de Janeiro (10,34 mil) e Minas Gerais (7,43 mil) deverão oferecer metade do total de vagas.