Após três meses de taxas negativas, inflação menor e vendas de televisores ajudam varejo a recuperar nível de atividade em maio
O volume de vendas no comércio varejista brasileiro cresceu 0,5% em maio na comparação com abril, após três meses de quedas consecutivas, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada hoje (16) pelo IBGE. Para a Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a recuperação do crescimento no varejo está diretamente relacionada à perda de fôlego da inflação. “Os preços médios do setor variaram +0,5%, significativamente abaixo da taxa de +0,9% registrada nos meses de março e abril”, afirma o economista da CNC Fabio Bentes.
Outro destaque foi para a compra de televisores, por conta do Mundial de futebol, que fez o volume de vendas de artigos de uso pessoal e doméstico alcançar, em maio, a maior taxa de crescimento anual (+12,5%) dentre os ramos pesquisados.
Em maio todos os segmentos do varejo restrito registraram alta – fato inédito desde abril do ano passado –, e o crescimento foi puxado pelos ramos de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (+2,4%) e de artigos de uso pessoal e doméstico (+2,3%). Já no varejo ampliado, que leva em conta as vendas do comércio automotivo (-1,9%) e de materiais de construção (-0,3%), houve queda de -0,3% em maio ante abril.
Apesar da reversão das quedas no curto prazo, no comparativo anual o crescimento de maio se deu abaixo da média do primeiro quadrimestre (+5,2%). “Para junho, a expectativa é que o volume de vendas do varejo cresça 0,6% na comparação mensal”, afirma Bentes. Com base nos dados, a CNC revisou a expectativa do volume de vendas do varejo para 2014, que deverá apresentar expansão de aproximadamente 4,4%, com destaque para os ramos de artigos de uso pessoal e doméstico (+10,0%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+8,0%).
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